SENTIMENTO DO MUNDO
(Davys Rodrigues de Sousa, Teresina – PI, 08 de Janeiro de 2012)
Meu coração obscurece.
Tardia sombria tenebrosa é a ilusão perdida de amar,
Espectros pérfidos liquefeitos em meus pensamentos
São meus sentimentos já perdidos, esquecidos,
Indo em navegantes sufrágios de minha alma –
Um coração esquecido no tempo!
Eis minha alma, um obsoleto e sorumbático poema
Que escrevo... de minha insalubre realidade!
O Amor é uma ilusão do amor
Que permeia em terrenos férteis
De nossa ignota incompreensão e alienidade.
O amor subjuga a condição humana, impetuosamente,
Pois sua natureza devassa arrastar ao abismo inconsciente
De nossa futilidade.
Ele causa feridas,
Esconde a realidade, mistifica os significados das coisas do mundo.
Ou seria, apenas, uma aberração do próprio ser humano?
Loucos, coléricos, eufóricos, alienados,
É assim que o Amor deixa os corações perdidos!
Ô semblante presunçoso, orgulhoso, enganador,
Sentimento do mundo, esquecido, atormentador,
Que a vida tão humilde serve de bom agrado!
Mas sua ausência, também, provoca o mal...
Sobreviver ou não com ele? Eis a mera das questões!
A natureza do Amor reside em sua dualidade:
Dois mundos que se confrontam;
No Amor se encontra a liberdade,
No Amor se faz a prisão.
Com o Amor, somos vulneráveis,
Com o Amor nos fazemos frios e egoístas,
Com o Amor lembramos momentos,
E mergulhamos no esquecimento!
Ele nos é um mal necessário...
Ele mergulha no profundo consciente,
Entre o mal obsessivo do ser
E o bem onipresente da existência do ser!
Davys Sousa
(Caine)