Fecha primeiros os olhos, depois coloca as duas mãos sobre a face e contempla o vazio que se apresenta. A tela preta e multicor, cheia de pigmentos, talvez resquícios das coisas vistas. Memórias do olho. Vícios de cor. Respira. Sente todo um ar que tragado sem consentimento, passa a integrá-lo. O ar que vai para o mundo dentro da pele. Expira. Deixa agora um rastro de gases que compõe tua história. Exala o sopro de vida e um pouco de ti vai para o mundo fora da pele. E a pele nem é uma barreira tão importante assim.