As gaivotas alegres beijam a água
Do rio que corre manso e as refresca,
Vê-las voar com graça, esquece-se a mágoa,
É como estar em permanente festa.
E as gaivotas voam, airosas sem parar,
Seja em terra, no rio, ou no mar...
Voam sem parar em eterno rodopiar,
Seu canto é rouco, aflitivo,
Será o alerta de quem vai pro mar,
Ou o amor pela vida, o motivo?
E as gaivotas voam, airosas sem parar
Seja em terra, no rio, ou no mar...
E voam, belas e graciosas,
De alvas asas bem abertas,
Em batidas bem vigorosas,
Em busca das presas, incertas.
E as gaivotas voam, airosas sem parar
Seja em terra, no rio, ou no mar...
José Carlos Moutinho