É como se fossem feitos de mel
Os beijos tantos e salivares;
É como se fossem pomares
De manjares caídos do céu.
É como se fossem salgados
Os corpos lançando suores,
Velozes, ferozes, multicolores,
No recinto sacrossanto do quarto.
É como se fosse magia
A esgrima satânica das línguas
Em luta ferina, desigual e sacana...
É um só ranger de pernas de camas
Num vai-e-vem gostoso e infinito,
Um som maravilhoso de gritos e gemidos
Num inferno divino ardente e em chamas.
No momento final e mortal do gozo eterno
O suspirar dos corações acelerados e quentes;
Somente o trepidar dos membros dormentes
Que equivale a todo segredo do... Universo!
Gyl Ferrys