Poemas :
Cones e bastonetes da verdade
Eu olho os olhos,
nem por serem janelas de alma,
pois não há janelas em ausência.
Olho olhos por fetiche de essência.
Buracos negros, verdes, azuis, castanhos
órbitas de espaços celestes.
Olhos, testemunhas da natureza,
óculos das vísceras,
órgãos visionários que sempre creem quando veem.
Casa lócus de Íris, deem
ósculos nas meninas da retina –
(diplomadas em contemplação e beleza).
Eu olho olhos em busca de certeza,
Porque qualquer máscara,
são os mesmos olhos.
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