Perdoe,
se, o meu amor por ti,
não tem mais a fúria de um vulcão.
Se, as labaredas deste fogo exuberante,
não alcançam quilômetros de extensão.
Se, as larvas incandescentes,
que, geradas pelo teu corpo, resfria o meu,
e apaga a tênue chama que me incendeia.
Perdoe,
Se, hoje sou mais para a chama de uma vela,
que, se, apaga com o apertar de dois dedos
em seu pavio.
O tempo passa, e a fúria insana de um vulcão,
fica apenas na lembrança de um fenômeno, que,
um dia aconteceu, porém, ficou marcada
em fotos amareladas com o passar dos anos.
Perdoe,
se o vulcão que transformava a natureza,
recriando uma outra beleza em uma paisagem,
hoje é apenas um mero vulcão extinto.
Perdoe,
as labaredas extinguiram-se, mas o amor ficou
encravado nas larvas que desceram montanha abaixo.
Apenas, demonstrando a força e a energia que um dia
ali existiu.
Perdoe,
pelo desencontro, entre a fúria de um vulcão e a chama
de uma vela, na penumbra de um vida.
Maria de Fatima
Maria de Fatima Melo (Fadinha de Luz)