Uma banana delirante
Se achegou descontraída
Um coqueiro ofegante
Desancou a atrevida
O pior está p`ra vir
Se achegou arreliada
Uma couve a sorrir
Está a salada bichada
Uma alfacinha piquena
A medo falou então
Vergonha mas que barrela
Tanta falta de sabão
A pobre da banana
Soluçou e nada disse
O hortelão bacana
Em socorro assim disse
Falam tanto sem dizer nada
A banana é que está certa
Não passam de codornizes
Ressentidos infelizes
Andando de bicicleta
Isto é que vai uma açorda
No reino da fantasia
O bananal transborda
De bafio e muita azia.
Assim o meteorologista
Tem trabalho redobrado
Bananas e couves a eito
Na horta ali do lado
Digam lá se dará jeito
Vender a banana em saldo
Porque a casca escorrega
Escorrega pela goela
Ai jesus estou tramada
Ainda levo a amarela
Ainda levo a amarela
E a folha da bananeira
Ou então uma adubadela
Por tocar na asneira...
Antónia Ruivo
http://poetamalditoporentreaspedras.blogspot.com/
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...