Me empresto o silêncio da noite,tento reproduzir o que sinto, transformar em palavras, este vazio no peito, este amor inacabado que exige emoções tateantes, tatuagens na virilha, delicadeza de beijos roubados, brutalidade de corpos amassados, mordidos depois beijados, mamilos acariciados entre os dedos.Filtrar assumir o personagem “facebookiano” e mandar meus textos aos amigos preencher esta lacuna, com recados carinhosos que me fazem bem a alma.Vejo o vídeo de um bando de maritacas que me mandaram lá das Minas Gerais, dos olhos saturados de montanhas a procura de mar da amiga de Fora.Delicadeza de atenções pequenas, lembranças vagas, textos coerentes com meu estado de espírito, um fim de vida por viver intensamente.
Carlos Said