Poeta lavrador, busca sementes nas flores das dores de outros poetas. Poeta amador, planta então seu próprio pranto. Poeta lavra dor, lavra palavra e água, e espera. E antes do fim, colhe o fruto, Nem feio nem belo, fruta de polpa palavra que colhida, solvida, lida, retumba em eco, o poeta. É delícia. Poeta ama dor.