Como é bela e decadente esta minha vida noctívago.
Saio perdido, em direcção ao antro do deboche nojento que sempre me seduz.
Sorrisos sem olhares, palavras sem som de bocas secas e imundas.
O toque de dois copos, o caminhar para uma cama perdida em algures, de onde eu não quero acordar nunca.
Não me olhes, não me beijes, não quero afectos, não ouvir gemidos de prazer, só quero entrar em ti e libertar o o meu veneno puro.
Acordada ?
Dormes ?
Não sei teu nome !
Não interessa.
Adeus.
Arrasto meu corpo cansado pela rua do nada, a chuva vai limpando aos poucos a agonia do teu cheiro.
José