Poemas : 

Aos pés do tempo

 
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Do chão que arranca o meu peito
crescem girassois despetalados
no orvalhar silencioso da noite
da pele que me cobre os olhos

Ardem gerberas rubras, inundadas
pelo despentear mudo dos corpos imoveis
no emaranhado lusco-fusco do tempo

No fugidio olhar gotejante
irtam as mãos desmembradas
e num electrocutar vagante
jazem quentes os dedos no poema
caídos aos pés do tempo

Ah se os olhos cegassem por um momento
e partissem nas desfolhada do sentir
não haveria dor alguma, querendo
dissecar o estupido tempo

Escrito 10/1/12
 
Autor
Liliana Jardim
 
Texto
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Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 11/01/2012 00:44  Atualizado: 11/01/2012 00:44
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: Aos pés do tempo
Boa noite Liliana, seus versos ficaram profundamente instigantes, meus
Parabéns, MJ.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 11/01/2012 00:49  Atualizado: 11/01/2012 00:49
 Re: Aos pés do tempo
UM POEMA EXUBERANTE, QUE ENCANTO

MARTISNS

Enviado por Tópico
Liliana Jardim
Publicado: 30/01/2012 21:31  Atualizado: 30/01/2012 21:31
Usuário desde: 08/10/2007
Localidade: Caniço-Madeira
Mensagens: 4420
 Re: Aos pés do tempo
Obrigado amigos pelos vossos comentários

Beijinhos