[do Naufrágio, diz-se]

Rasgam-se as velas,
como albatrozes voam mais alto,
mais longe,
e do vento que refresca
se amaldiçoa se teme desconhecido
além-mar,

do mar teme-se o além-mar, o desconhecido, a solidão, e quando ele se altera desejamos logo a bonança, mesmo por breves instantes.

Poeta agradeço-lhe o comentário, as palavras, por ser a seu gosto. Obrigado

Abraço-te

Uma mulher chora, deitada no areal,
o mar que tudo lhe deu,
o mar que tudo lhe tirou,
acaricia-lhe o corpo.

e que as palavras jamais te faltem Poeta, e que nos seja permitido segui-las, sempre.

Agradeço-te as palavras, o comentário, Poeta. Obrigado.

Abraço-te

Boiam os restos dos orgulhos,
da pilhagem,
na alvorada que raia,
as baleias voltam a emergir,
sonolentas,
dos anjos negros nem sinal, diz-se,
os que sobreviveram quis o mar
clemência,
olham infinitos.

do mar tudo se espera, mesmo o impossível, impensável, e também é das tragédias que ele encerra que o torna mágico e belo.

Poeta agradeço-te as palavras, o comentário, por gostar. Obrigado.

Abraço-te

pesadelos que se reúnem num circulo
de deuses irados, sombras
de tão salientes os bojadores,
…
cantam anjos negros, diz-se,
e as baleias submergem.

e das realidades que queremos que não passem de sonhos mesmo pesadelos, faz-se o dia-a-dia, tem a vantagem de que quando acontecem já estarmos preparados.

Poeta agradeço-te o comentário, as palavras. Obrigado.

Abraço-te

Boiam os restos dos orgulhos,
da pilhagem,
na alvorada que raia,
as baleias voltam a emergir,
sonolentas,
dos anjos negros nem sinal, diz-se

diz-se,
que o mar devolve tudo
o que tira,
há quem diga que nos olhares
dos roazes,
encontram-se as almas dos que se afogaram,
diz-se...
mas é o mar que nos acaricia,
que ouve as nossas súplicas,
diz-se

Poetisa agradeço-te a serenidade do teu comentário, como uma bonança onde um sopro da brisa acaricia as minhas palavras. Obrigado.

Abraço-te

olham infinitos.
…
Uma mulher chora, deitada no areal,
o mar que tudo lhe deu,
o mar que tudo lhe tirou,
acaricia-lhe o corpo.


do mar se diz que devolve tudo o que tira, do mar se contam lendas e algumas fábulas, e como refere Lulu Santos "... como uma onda no mar...", e como uma onda por vezes é o suficiente, para nos acordar ou adormecer para sempre.

Poetisa, honras-me com o teu comentário, reflexão, palavras "aqui dentro". Obrigado (em mais palavras...Obrigado)

Abraço-te

…
e quando o que resta de madeira
se desfaz contra as rochas,
laminas afiadas como lanças,
fecham-se os olhos
tudo escurece de vez.

Interessante a lembrança, ainda outro dia por causa do filme A Árvore da Vida (um filme de tão estranho como magnifico) fui reler o livro de Jo, aliás um dos centros do filme, o outro será Darwin e a Origem da Vida, que também reli, porque o tema sobre o sofrimento, (nos poetas será mais saudade? não sei) de quem fica, não de quem parte é um misto de interrogações, de consciencialização, de perda. Talvez, não sei mesmo, mas a verdade é que retemos a informação, mesmo no inconsciente.

Poetisa, agradeço-te as palavras, a reflexão, o comentário, eu é que te agradeço a leitura. Obrigado.

Abraço-te

aprisionam os corpos que mergulham
sem regresso.
…
e quando o que resta de madeira
se desfaz contra as rochas,
laminas afiadas como lanças,
fecham-se os olhos

do mar só e da solidão, lembrou-me Ernest Hemingway, Baudelaire também escreveu "Ó mar, ninguém conhece os teus fundos abismos;/Os segredos guardais, avaros, receosos!" (em "O Homem e o Mar"), pergunto-se se do mar também não se guarda solidões?

Poetisa a mim é que "só me resta agradecer" as palavras, o olhar, a reflexão. Obrigado.

Abraço-te

…
Boiam os restos dos orgulhos,
da pilhagem,
na alvorada que raia,
as baleias voltam a emergir,
sonolentas,
dos anjos negros nem sinal, diz-se

mas o mar também nos leva a portos de alegrias, mesmo que a recordação a tudo resista, da saudade também. Que fazer?

Poetisa agradeço-lhe o comentário, as palavras. Obrigado.

Abraço-te