O brilho no olhar está lá. Sentir, primeiro passo. Atos. O essencial são atos. E então o espelho vira platéia e qualquer lugar palco. Com espelho sempre, claro. Palavras, uma encruzilhada delas. De cá e de lá, dizem o mesmo: disfarçar, disfarçar! Mas natureza teimosa lhe fora concebida. Bem a usava. Princípios, tudo que lhe pertencia. De berço ou de beco, eram sagrados. Complicações estavam isentas. Dores, talvez. Sentir, sorrir, deixar-se levar. Por sentimentos ou mãos seguras, entregava-se. Sem máscaras. Sem ensaios. Sem palavras. Sem pensar. Apenas sentindo. Apenas fazendo o que bem quiser. Palavras não provam muito. Atos sem palavras, nada são. Inseparáveis? Talvez. Mostrar os dentes. Sorrir com os olhos. Falar com a boca. Dizer a quem importa. Mundo inteiro, pra quê? Repulsa a treinos. Pré-reação. Rótulo de exceção não lhe cabe. Carimbo de mais-um-na-multidão também não. Não suspira de amores. Não converteu-se a poetisa. Não fala muito. Não planeja. Não é insegura. Não associa… Não ama?
Parei por alguns instantes e notei que hoje em dia, as pessoas estão achando que é necessário um tanto de coisas para confirmar que alguém realmente ama. Quando na verdade, amor é algo que brota lá dentro e nem sempre as pessoas, se sentem na obrigação de medir cada um de seus atos para mostrarem que amam, ou ocultarem isto. Cada um ama à seu modo.