perdoa se nao te suporto ver assim
tao entregue aos demais que estao,
unidos a ti em tanto mais que a mim
e nao vejo alias uma só sequer razao,
para a parte que nos separa ser ela
mais que uma vaga passagem jasmim
mais que tinturas dessa gasta aquarela
e abraçados nao estamos,onde vim,
ser um pouco de ti mesma,ainda,
nao o percebesses tal como o fora
como se nao soubesses ser a vinda
um segundo a mais,por isso demora,
e eu,sem ti deveras ardo por um todo.
sou a lenha que se consome inteira
e se queima,e consome entre o fogo
sou as achas e lavaredas consistentes,
que nao se deixam arder para depois,
sou calor que entre si mesmo se funde
e nunca chegará a ser como somos dois,
e assim seremos por um sempre,
um adeus por demais só,tardio.
eu-um adorador inconsequente,
tu-um aconchego demais fugidio.
Diogo Mendes