As minhas noite passam-se entre murmúrios
E recordações fugazes de momentos incertos
Em espaço vazio, lamento o desperdiçar do tempo
À espera do terno amanhecer em ti
A janela aberta, a solidão entra sorrateira
Ciente do destino frágil da carne
Um desejo invisível que arde na pele
Um desejo moribundo marcado nos lençóis
As minhas noites fazem-se de lamentos inquietos
A Voz clamada em franco desespero
Um grito sufocado por anos de esquecimento
Preciso de despertar, de renascer em ti
O meu amor, a minha consolação despejada no vazio
Agarro-me à última luz de um dia que demorou a passar
Volta agora o sonho, a esperança descarnada
Amanhece em ti a miragem do meu corpo
Bruno Carvalho