De olhos esfomeados,
Assim olho o horizonte,
Lá ao longe, o sonho.
E aqui comigo de mão dada, o medo.
E junta-se a preguiça e a vaidade,
Que na verdade,
Sempre fazem companhia.
Mas mais um casal se junta,
E que apaixonados vão,
A loucura e o sucesso,
E o seu filho progresso,
Que lá ao longe, bem longe estão.
Não me ouvem,
A distância é enorme,
Os gritos mudos, de rouca voz,
E nós...que é feito de nós?
Quando foi que nos zangámos?
Vem, Vontade,
Que na verdade,
Sempre foste a minha voz,
E embrulha-te comigo,
Nas cordas desta guitarra,
Que sozinho não consigo
Sonhar o que é preciso,
Quando o que é preciso é sonhar.
Obrigado a tudo o que me inspira.