Quisera sempre teu solo, sertão,
A fértil água logo receber
Para o homem feliz co´a tosca mão
Todo o pomo da gleba alfim colher.
Resistir a tristura, atroz tormenta!
Quem verá o torrão d´água ensopado?
Somente a fé, fiel - por fim sustenta
Quem pede chuva para o chão sulcado!
Mas o som d’água não descai na terra,
Que alquebrada e faminta louca berra
Tal filho que da mãe deseja o colo.
Não cai - fausta, veloz , torrencial -
Sacrossanta, em concerto perenal,
Noite adentro a regar o triste solo.
Jadson Simões