Entre um trem e outro,
Vejo sonhos,vejo promessas
Olhares de indiferença
Desde o passageiro de terno
Ao vendedor de balas,
O cansaço abala a todos
Entre um hospital e outro,
Vejo sonhos realizados,
Vejo sonhos destruídos,
Vejo erros inaceitáveis
Bons médicos feridos pela rotina
E maus enfermeiros fazendo piadas
Então no meio dessa noite,
Acendi minha fraca lanterna
Na esperança de achar um lugar
Um terreno,pra construir meu lar
Só o que pude ver foi:decepção
Eu esperava mais de mim,
Esperava mais do mundo
Uma criança feliz,torna-se um adulto feliz
Então,vejo que nosso carro de madeira,
Valia mais que uma Ferrari
Vejo que nossa amizade
Valia mais que a popularidade de uma celebridade,
Que pegar chuva dançando e rindo a toa
Vale mais que estar coberto sozinho em uma mansão,
Porque a confiança morreu,
Não se tem em quem confiar,ás vezes,nem em si mesmo
Era pra ser uma oração,
Mas é apenas um pensamento
De quem está parado no tempo,
E acredita que as pessoas possam melhorar,
Que o egoísmo possa diminuir,
Mas nem a mim mesmo,eu também sou egoísta
Então,só o que posso fazer é apontar erros
E ter fé,em Deus e no amor de poucos,
poucos mas suficientes pra saciar os oceanos,
Porque mesmo em sua maioria e grandeza,
Eles respeitam nosso cântico.