Pensamento perdido...
Há já algum tempo que não me deixava inebriar pela doçura da escrita
Talvez o dom da palavra estivesse então em mim perdida
Não sei mas hoje ao erguer-me algo me fez despertar
Tecla por tecla numa era tao mais inbriada de tecnologia
Dei por mim a deslizar os dedos reecontrando uma emoção esquecida
Será os ares do Inverno aconchegante que me tocaram para a nostalgia?
Quem saberá? Eu não o sei é decerto
Ainda ontem na silenciosa manhã dava por mim a tocar nas frias teclas de madeira d meu piano
Abria as velhas partituras de infância sentido a preguiça dos músculos em fazer a música soar
Mas cada nova tecla que carregava a memória regressava e o sorriso vinha liberto
Fechava os olhos e o corpo relembrava cada toque fragil da madeira a tocar na corda... ai leviano!
E em momentos simples como este encontramos um nota de felicidade escondida mas certa por se revelar
Apenas ali aguardand por nós meros mortais de a aconchegar
Apenas ali escutando entre os demais a suavidade do voar
Repouso agora sobre elas, as partituras, com um ar sonhador tentando decifrar cada emoçao de quem as escrevera
Se pensariam como eu em análises, escalas, acordes e cadencias
Se apenas libertavam o seu espirito às experiências
Seremos nós nos dias de hoje a era mais livre na invenção ao mesmo tempo a mais restrista desta era?
Beberico o meu licor talvez numa vã tentativa de libertar-me das restrictas correntas da actual sociedade
Esta que nos diz que dia após dia tudo estará mais dificil
Esta que nós meros cidadãos em grande parte não escolhemos nem traçamos
Mas sonho e sonhos quando impulsonados transformam-se em sobriedade
Por meras palavras lançadas ao vento muitos destinos se traçaram
Por meros pensamentos almas se ergueram
Dificil? Não, o que é dificil é nós nos tornarmos os nossos próprios obstáculos em cada curta vida.
Mafalda Sanches