Numa dança sem ter fim se passa dançando
Alongam-se os braços, alcançando
O futuro que corre no verso
De um tempo a advir ás vezes controverso
Numa dança sem ter fim sonhamos
Perdemos minutos, ganhamos segundos
Procuramos amigos nos inimigos
Amamos, odiamos o verso da medalha
Vivemos ganhando uma ou outra batalha
E perdemos tanto no tanto que perdemos
Esgueira-se pelos dedos uma nesga de céu
Ás vezes a mente está coberta pelo véu
De uma cegueira imaginável
Outras vezes acontece o amor, é palpável
Mas o medo de errar trava a fome de amar
Ou o medo de amar sacia a fome de errar
Numa dança sem ter fim levamos ás costas
Pedaços que abandonamos pelas encostas
Se ao olhar para trás vislumbrar um jardim
Posso morrer descansada estiveste junto a mim.
Antónia Ruivo
http://porentrefiosdeneve.blogspot.com/
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...