Dançar dentro de mim,
a alma que roda o meu coração,
beija os meus cabelos,
e do alto bem alto olho o horizonte,
com sonhos bem ansiados do conforto,
escondidos das trebarunas,
escondidos para logo se encontrarem,
pretificado ficamos quando nos deparamos,
com inimigos dos nosso paradigmas,
inimigos das nossas lágrimas,
inimigos das nossas euforias,
e ficamos a chorar,
porque simplesmente a alma rebenta,
de saber o que não sabe,
e de se confortar nos silêncios das sombras,
que nos fazem vibrar em cada ranger de porta,
que nos fazem permanecer adultarados,
como um quadro abstracto,
que pinta o que não vê,
que pinta revoltas num sorriso de uma mãe,
e com cores garridas espalha desatino pavio,
em angustias que explodem por explodir,
que são tatuagens de conforto,
de quem o karma de dores é a sua música ao amanhecer,
e os dias passam, congelamos no tempo,
congelamos no crepusculo da vida,
e rasgamos aquilo que pensamos,
colocando-nos mágicos cansados,
ao som das mesmas tortas notas,
que o violoncelo dos comuns desafina em cada noite,
e em cada noite desfino por mares encrespados,
na minha caravela que me levará sempre além...
Alexander the Poet