A FADA!
O espelho das águas
Reflete o teu olhar,
Os musgos das margens
Acalenta o teu pisar.
O sereno da madrugada
Ameniza o teu desfilar
Abrindo as cortinas
Para te deixar entrar!
O cenário do riachinho
Recebe da manhã à luz!
Enquanto tu, de mansinho:
Ao riacho doma e seduz!
Os seixos no fundo d’água
Colidem com insistência
Querendo fazer pirâmides
Pra verem a tua inocência.
As gavinhas dos cipós
Desenrola-se pelo chão
Querendo ornar o teu pé
Com adornos de afeição.
A água flui mansamente
Tilintando na margem,
Retardando o prosseguir
Domada por tua imagem!
Saltitando na ramagem,
Pássaros fazem gorjeios,
Disputando bons lugares
Sem terem de ti receios.
Nas arestas do alcantil
O sol aparece radiante
Trazendo maiores luzes
Àquela cena inebriante!
O restinho da madrugada
Sai do cenário pesarosa,
Recua pra noite findante
Deixando-te... Lamentosa!
Curvada sobre as águas
Fazes vênia à natureza
E, essa... Embevecida!
Vai refletir a tua BELEZA!
(aa.) S.A.BARACHO.
conanbaracho@uol.com.br
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