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Timidez

 
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Timidez

Os poemas me protegem da amargura
Que me acompanha ao claro sol ardente
E quando chega a triste noite escura
Piora ainda mais depois do sol poente

Considerando esta triste conjuntura
Solitária, sem andaimes e nem retrós
A minha vida acontece e se costura
Em um mundo só de letras e sem voz

Às vezes chega até mim uma criatura
E reclama da minha fechada postura
Por eu não abrir a boca no trombone

A palavra por vezes até me censura
Então fico calado com esta fissura
Pois tenho muito medo de microfone.

jmd/Maringá, 02.01.12





verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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