Sonetos : 

Soneto do avião

 
Tão refulgente por estes espaços,
Luminoso aerólito, avião,
Vai cruzando janelas e terraços
De um céu azul sem nuvem ou senão,

Pluma com toneladas de fio e aço
Que, leve, leva em si tanta vanglória,
Não há ninguém que o alcance, nenhum traço
Que o desvie de sua trajetória,

Senão quem inaugura a própria história
Rasgando os corações de conjunturas
Repletas de terror e sepulturas,

Ao som de uma feroz jaculatória,
Homem que encheu os céus de precipícios
E de horizontes sub-reptícios.

 
Autor
Felipe Mendonça
 
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Enviado por Tópico
Maria Verde
Publicado: 02/01/2012 22:47  Atualizado: 02/01/2012 22:47
Colaborador
Usuário desde: 20/01/2008
Localidade: SP
Mensagens: 3489
 Re: Soneto do avião
o soneto está maravilhoso.
Aqui o avião é o objeto para a tragetória poética impulsionada pela mão do poeta qual avião de papel. E foi bem alto! Muito bom!

MV

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 02/01/2012 22:55  Atualizado: 02/01/2012 22:55
 Re: Soneto do avião
Um soneto muito bem construído. O avião como ideal bélico "rasgando os corações de conjunturas/ Repletas de terror e sepulturas"...

Gostei de ler.

Sandra.

Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 03/01/2012 00:36  Atualizado: 03/01/2012 00:36
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 18598
 Re: Soneto do avião
Tão pleno e tão teu (com talento)
Querido um 2012 repleto de ti e
de sua poesia... bjs