Felizmino Carteirista
Felizmino Baltazar,
Era um homem ambicioso,
O que em momentos vários
O tornava bem perigoso.
Consigo tinha um fraco...
O dinheiro essa vil coisa,
Que espalha o seu veneno
Em tudo aquilo em que poisa
Foi expulso uma vez da creche
Por roubar a professora..
E o vicio que o tentou
perseguiu-o vida fora.
A mais recente façanha,
Passou-se já na cadeia...
Roubou a um pobre guarda
Todo o seu pé de meia.
Julgando Oh ilusão!
Que o expulsavam também,
Mas pelo castigo que teve,
Não roubaria ele vintém.
Há dias findou a pena,
E com pena fui visitá-lo.
Quem o pôs daquela forma
Merecia era um estalo.
Vi Felizmino chorando,
Triste e arrependido.
Ainda havia quem dissesse
Ser um caso já perdido.
Para mim agora é exemplo,
De vida leal e ordeira.
Só lamento no regresso...
Ter perdido a carteira...