PARA TI
(SALVÉ O 30/12/2011)
Quando os meus olhos com olhos de ver te olham
Quando do belo que há em ti se embriagam
Do arquitecto do universo furtaram a inspiração
E de vera transmutação ganham a consciência.
Nesse instante que é de enlevo
Temo da sanidade a demência
Mas é mais forte de bom senso
O lírio do encantamento
Esse que me faz segura a mente.
É da cor da púrpura o amor com que te amo
Levando em seu seio ânsias do para sempre
Os acordes com que escuto a tua voz
São meteoros, acordes da lira
Em que dedilho o canto que te canto
Convite a ocultar com etéreo manto
A beleza que não desejo oculta
Obra que do divinal traço tem indelével marca
E do despertar da aurora
As cores que traz em si, mansas
Aos sons dos acordes da imortal lira
É diferente hoje o canto que te canto
Outro o Estro da voz que ecoa
De idílicos sons lídimo apanágio
Que deveras só o amor inunda.
É que neste dia aconteceu história
De que o inconsciente guarda a memória
Fonte de alegria, encanto e emoção.
Antonius