Da pedra e do ancoradouro liso,
o limo verde penetra desumano um espaço assombrado
d’enlevo e de fascínio.
Deslizam as coisas vãs, em pinturas pré-colombianas,
quando, no restolho de planuras adormentadas,
o Sol sem brilho ainda não jaz,
… no tanto, no agora, no tanto faz.
Gladiador em caminho oferto rumo ao Palácio de Cristal,
faminta a inanidade proclama a espada,
o frio concreto, o gume do vil metal.
Desbasta-se cansada na erva impura,
ceifeira sem terra,
mareante de um mar sem paz.
Imune à dor retumba no combate,
se a madre terra acorda e sente ausência da semente
e logo fita o vazio azul nas pupilas pontiagudas,
de si, na vacuidade de ser gente!
Do absurdo da serra, no beijo ao homem bomba,
o sangue ultrajado escorre-se na elevação da hora.
Na sala, ao fundo, o relógio pendular ribomba e chora …
Sublimes os lírios desavindos que o ar reúne.
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