Este meu poema, editado e publicado em 1986 pela Ed. Carioca, Rio de Janeiro, Brasil, começou a circular pela internet em 1999 e ganhou mundo, modificações, mutilações e plágios dos mais diversos. Estando ele já registrado em livro há 21 anos, atingiu plena maioridade e faço gozo de seus direitos. Não me importo que o usem, importo-me quando apropriam-se dele.
Poeta, Viajante das Estrelas
Meu destino é ser solitário,
coração errante,
eterno navegante sem porto
habitante das cidades ilusórias
nascidos sem dores de parto.
Sou filho do sol e da lua
no meu coração batem rimas,
no meu sangue circulam versos
e meu sorriso traduz poemas
jamais escritos por medo ou incerteza.
Cresci no meio de olhares,
alimentei-me de sentimentos diversos.
Crescendo dentro de almas estranhas
sou o poeta das rimas provisórias.
Meu alimento é paixão, ódio, amor
e todo sentimento existente
nas entranhas humanas
seja ele qual for
Sou filho do céu e do mar,
minhas veias são estradas infinitas
por onde passam caravanas ciganas,
minha mente imenso espaço
com profusão de estrelas e astros,
minhas mãos são pergaminhos sagrados
revelando segredos antigos,
meus olhos espelho de alma tímida
traduzindo versos que eu não quis escrever
por uma razão qualquer.
Meu destino é seguir eternamente
sem rumos ou guias,
por estradas vazias
que levam sempre ao meu lugar.
Sou filho do tudo e do nada,
da beira da estrada,
do chão e do ar.
Minha voz é doce balada,
cantiga suave para o mundo sonhar.
Sou som e sou cor
sou ódio e amor
sou vida, sou morte
sou sangue sem corte
Poeta eu sou.
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