Quem chama a minh'Alma
a horas mortas
no silêncio da madrugada
adormecida?
Quem chega como ave solitária,
voo-ante-voo,
gritando o meu nome?
Quem está tão perto,
e vem de tão longe ...
- Filha do vento,
filha da sorte -,
tão minha, tão tua,
que depois de viva,
só já lhe resta a morte?
Quem me procura, assim,
tão docemente,
deixando melancolia?
... d'olhos doces, punho ardente ...
será a Poesia?! ...
Ricardo Louro
Outeiro
(monsaraz)
Ricardo Maria Louro