CORDEL EM MARTELO AGALOPADO.
Cristo nasceu uma vez só,
E foi de grande abrangência,
Pois nos deu a consciência,
Dos nobres procedimentos,
Se acaso somos displicentes,
É por gula ou relaxamento,
Então sejamos mais alertas,
Deixando este jeito esperto,
De nos julgarmos inocentes,
Ou seremos mais indigestos
Que venha a mim renovação,
Por este espírito natalino,
Onde o nosso Jesus menino,
Penetra o corpo e os corações,
Trazendo em si as reflexões,
De como melhor agirmos,
A depender das situações,
Pra que sejamos solidários,
Com todos nossos irmãos,
Numa corrente em profusão.
E o pensamento do homem,
Faz parte de uma atmosfera,
Mais raramente ele prospera,
Se não houver um amadurecer,
Ao que se chama de crescer,
Não passa de um mero acerto,
Pois num erro sem concerto,
O chamamos de esmorecer,
Então sejamos mais sensatos,
Tudo faz parte de um viver.
A morte em si,age desonesta,
Pois luta com desigualdade,
Nos obrigando em cada brecha,
A deixar as nossas vaidades,
Perdendo desta vida o brilho,
Deixando então esposa e filhos,
E partindo sem devida idade,
Para viver num outro mundo,
Com sentimentos profundos,
Cobertos com as temeridades.
Se a tua prece perfaz-se valiosa,
Demonstras o dom da sapiência,
Ó mulher de ações tão dadivosa,
Pedes, por todos com clemência,
Para que a sofrida humanidade,
Encontre na ampla capacidade,
O exercício da sua paciência,
Ao cuidar bem uns dos outros,
Evitaremos danosas truculências,
Agindo com sutil benevolência.
Pode abater o meu coração,
Com uma flechada certeira,
Mas não me dê uma rasteira,
Como manobra das paixões,
Seja sincera e mais prudente,
Respeite a este seu inocento,
Que tem as nobres intenções,
Mas depois de uma trapaça,
Não há uma mulher que faça,
Conceder-lhe o grato perdão.
Vem à brisa leve refrescante,
E massageia a minha bela face,
Convence-me em um instante,
Que viver perfaz alguma arte,
Mas em seguida me abate o calor,
Reativando o senso de desacato
E me mostra fragrância de terror,
Deixando-me um tanto insensato
Extraindo do fato as eloqüências,
Reduzindo, a natureza e as artes.
Miguel Jacó