Esperei-te no cimo do poço inflamável,
no eixo do desanimo da terra,
no crepúsculo da solidão
Fiz-me ventríloquo da maresia traduzindo todo o eco revoltado
e pelo cio dos eunucos fiquei sóbrio
a latir uma música selvagem
Agora sou braço de amador feiticeiro
mergulhado no próprio caldo.
Revoluciono as horas estáticas com
o irreversível fogo do vento,
pesado,
claustrofóbico,
sobre as colinas febris do fundo
do meu abstracto-real
Os laços devolvidos a quem os criou
resolveram a sombra do adeus…
agora sim, escrevo para ti bucólicas dedicatórias de amor,
com o revolver das folhas intimas apontadas
ao meu dizer.