Eu vi-te cair senhora de ti,
Mas ainda eu…
Eu vi-te cair e ser levada no rio,
Tantos olhares perdidos
E eu apenas queria o teu.
Eu vi-te mergulhar no rio
Sem quereres,
Eu vi-te afogada
Triste, solitária e apagada
Por entre a multidão que passa.
O relógio pode ter parado
Mas o tempo continuou.
Porém tu permaneceste igual;
Inatingível,
Inigualável.
Igual a ti mesma e só isso.
O teu olhar diluiu-se
O azul não mais é azul,
Nem o céu me lembra de ti.
No outro dia fui dar por mim
Abraçado à ideia de esquecer-te.
No outro dia peguei no rosto
Que pintei de ti,
E a negro cobri-o
Como se fosse uma ilusão.
A dimensão de seres uma
Tu e só tu, igual a ti mesma;
Inatingível,
Inigualável.
Um mundo meu,
Ou um mundo real;
Na dimensão de poderes ser todas…
O rio passa e tu vais nele
E eu cobarde que fico à margem;
Preso, inatingível, inigualável
Igual a mim mesmo;
Preso por uma pele…