Poemas : 

Excerto visionár

 
Tenho um enxerto de fonte
na boca dos meus olhos.
A respiração é controlada pelos motores
da guerra,
pela praga dos gafanhotos.

O suor sabe a sémen de noites prolongadas,
da subida ao trono adolescente - a terramoto memorial.

Nada condiz com a manicure delírios castos.
Faço planos para a morte
no meu corpo recipiente de pirotecnias
e queimaduras de feras sombras absorvidas.

Os céus fecham-se,
fico na metade da metade
do meu curriculum mortal e esperneio
na união dos morcegos.

Tenho os rumores do incenso
na alquimia do silêncio enxovalhado,
nos cabelos trançados à hipótese nula.
Estou tão adiantado na vida
que sinto-me perto da morte!

 
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flavio silver
 
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Enviado por Tópico
Tânia Mara Camargo
Publicado: 29/10/2007 20:22  Atualizado: 29/10/2007 20:22
Colaborador
Usuário desde: 11/09/2007
Localidade:
Mensagens: 4246
 Re: Excerto visionár
Muito original teus versos, mas não vás morrer
é moço ainda. Beijos!