Passei boa parte, da noite da vida, em constante tempestade
Fiquei atordoado, diante do redemoinho de preocupações
Não obstante, acho que não tinha ciência da gravidade...
Pois, vivia embalado pela crença, da descrença num mundo de privações
Olhava ao derredor, e só via pompa e genialidade em alhures
Julgava ser, um ser desprovido de notoriedade morais
Acreditava enfim; que o sucesso, era uma quimera dos abutres
Um estágio da vida, demasiadamente longínquo aos meros mortais
Vivi por algum tempo, nesse abismo da obscuridão da mente, em conflito
Nessa treva de espírito paupérrimo e escasso de valentia vil
Nesse umbral de sonhos perdidos e subjugado pelo próprio mito
Até, felizmente, encontrar o guia da esperança; capaz de dissipar esse ardil
Lá estava ele... todo tempo ao meu lado, bem pertinho... naquele lugar!
Mas eu não poderia vê-lo ou vê-la; ora, eu era um ser pequenino sem moral
Totalmente míope, sem a devida visão necessária e singular
À qual, possibilita-nos visualizar com exatidão, e de forma natural...
Àquele brasão, de poderes ilimitados; capaz de pulverizar a escuridão
Que pode também; deter a ignorância de nossos temores, em especial
Tornando-se assim; numa arma mega-eficiente contra a desilusão
Um escudo gigantesco e cintilante, que nos protege do que nos é mortal
Refiro-me; ao grande poder da natureza, de vastidão imensurável
Que é, o conhecimento, a sabedoria sem limites; a Lei da Atração!
É a apelação máxima à alma do universo, à expansão espiritual inesgotável
O poder sublime e nobre, que reside na mente, na alma, e no coração!
Enfim; digo-vos, que aquele que a conhece e sabe não fala; expressa...
Aquele que puramente fala, não sabe... é a lei esmeraldina em questão
"O que está em baixo é como o que está em cima, e vice-versa"
Então podemos sim; sair do fundo do poço, e escalar a montanha, da vastidão
O que hoje, é pouco versado, inculto e pobre
Amanhã, poderá à ser um discípulo, um iniciado nas questões superiores
Um ser, esclarecido, conhecedor da visão do mundo; um ser nobre
Detentor das qualidades divinas do saber... e, viver com os seus amores...
Falo simplesmente da visão que tive, sem relatar pormenores e nuanças
Mas posso dizer: que a vida é mesmo repleta de mistérios; é o tesouro!
Conquistá-los; cabe aos corajosos fortes de espírito, que tem esperanças
Assim; poderão visualizar a maravilhosa Alvorada, em rubro e ouro!...
Hernandes Leão
Enviado por Hernandes Leão ao site brasileiro: Recanto das Letras, em 26/09/2011
Reeditado em 26/09/2011
Código do texto: T3242874
Este poema participou do livro: Coletânea Poesia e Encontro - lançado pela Editora Iluminatta, na 5 Bienal Internacional do livro de Maceió/Alagoas - Brasil, em 22/11/2011.