Fome além da conta;
quem paga excessos?
Prato cheio é luxo.
Não só de sono ronca.
Dorme em paz, menino!
A árvore brilha estrelas,
e o céu é tão vermelho,
mas tão vermelho; morangos.
Oremos à vez, certeira
ao alvo, bem em cheio a
acertar medidas, achar
o meio; a parte inteira.
Noite feliz! Noite Feliz!
Ó Senhor, Deus de amor!
Da mãe terra ao céu,
joelhos dobrados, em louvor.
Debaixo da árvore, presentes
diversos; muitos outros,
ausentes, culpa da profundidade
dos bolsos; devore o disponível,
todo o espaço em branco,
cada linha sem história.
A memória, para ser franco,
é fraca igual á carne, nossa.
Data santa, época farta
de $orrisos e alegria ao redor.
A fórmula ganha vida, é magia!
Contagia os olhos neste calor.
Compramos o divino, à vista
ou á prazo, no boleto ou cartão.
Cada centímetro, um preço justo;
mega investimento empresarial.
É feriado, ansiedade
às vesperas já borbulha.
Você vende ou aluga,
ou doa seu suor e holerite.
Mas não se esqueça da causa,
da causa. Da causa verdadeira,
pura e imaculada. Aquela, digna
e sem preço; a que não se vende,
a que não se compra. Você a sente?
É comercial, artificial, inflacionária.
A fé á mesa, o olho brilha! Sensacional!
Feliz de verdade? Só o amor garante.
Edu Lazaro