Poemas : 

»»Sonho »»

 
Ás vezes pergunto
O porquê à solidão
Ás quatro paredes
Pergunto porquê o vão
De uma janela sem sentido

Apenas a noite me visita
A voz que ouço é a sua
O frio gelado do Inverno
Trás com ele a recordação
De que um dia também sonhei
Acreditei e cresci
Tantas vezes escrevi
Em terreno baldio a aspiração
Um entardecer confortável
Uma mão amiga em voz doce

Porquê a solidão
No conforto que as paredes transmitem
Parece tudo tão deslavado
Pergunto de que vale ter telhado
Se ele é de ferro fundido
Não deixa entrar o ruído
Das gargalhadas sinceras
Porquê a solidão
Nas horas serenas

Pergunto mas não tenho réplica
Acho que sou eu que murchei
Transformei o sonho e a resposta
Em algo que não imaginei

Mas ainda á pouco senti
Que pouco ou nada me importa
Igual á erva mirrei
Fechei a janela e abri a porta
Mas o sol passou e não vi.


Antónia Ruivo
http://porentrefiosdeneve.blogspot.com/


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
Autor
Antónia Ruivo
 
Texto
Data
Leituras
694
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 20/12/2011 10:07  Atualizado: 20/12/2011 10:07
 Re: »»Sonho »»
NOSSO SONHOS É QUE SI CONVERTEM O NOSSO SONHAR, BELO POEMA

MARTISNS

Enviado por Tópico
Carlos_Val
Publicado: 21/12/2011 00:36  Atualizado: 21/12/2011 00:36
Da casa!
Usuário desde: 11/03/2011
Localidade: Braga a residir em Gaia
Mensagens: 421
 Re: »»Sonho »»
amiga Alentejana, o sonho está lá assim como o seu poema na ética da realização.

boas festas

beijo

Val