O destino a criou por desejo,
Para viver, com o sonho nordestino.
E na vida seca do sertanejo,
Nascer como flor entre os espinhos...
Talvez um Cristo em forma de flor,
Colorindo a vida, na fornalha do sertão...
No solo rachado, desabrocha a dor,
Com a cor rubra da paixão...
Até se tornar fruto,
Num gesto impoluto,
Trazendo a vida e a semente,
Que cairá pela terra seca e ardente,
Germinando pelo suor do amor,
Até se transformar novamente em flor...