caio caindo do seu chapéu
os pés no ar sem pouso certo
ao vento orelhas num fogaréu
areias surdas no deserto
atiro ao alto o seu boné
e pulo e salto e vou sorrindo
do seu bigode de gato em pé
enquanto à chuva se vai indo
pisa as folhas n'água fria
faz um verso que amor faria
tão molhado que escorre já
e caio no chão tal como está
a rir por nada que choraria
sem saber que caio cairia
ponham as vírgulas onde quiserem