Procuro por uma estrada onde eu possa colher flores...
Se viro à direita, o mundo está pelo avesso,
Se viro à esquerda, encontro pedras e muitos tropeços...
Sigo em linha reta, busco desbravar o destino,
Mas os rios perenes da vida secam com o sol a pino,
Ou transbordam em tempestades causando dissabores...
As mazelas são vedetes que ditam normas de vida,
Os miasmas reinam transformando etiquetas,
A existência fica incolor, com regras obsoletas
E no semáforo do futuro há sempre uma luz verde: siga!
Vendavais são o dilúvio por onde as esperanças somem,
Inverno patológico consumiu na primavera todos os sabores,
Discórdias e ambições embalsamaram de dor os amores
Para que miasmas e mazelas edificassem o reino da contramão...
Agora, é só lamentar o desvelo doentio causado pelo homem!