Na penumbra da vida
o dia tornou-se escuro
igual á noite
para tantas almas que sofrem
a luz não chega para as iluminar
e algumas morrem
A morte não é solução
para a angustia sentida
ouve-se agora tanto não
e a voz do povo não é ouvida
A vida é um fadario
nos olhos tristes de tanta gente
a fábrica fechou!
foi embora o operário
ninguém se importa
a dor que sente
O povo trabalhador também tem sonhos
que gostava de realizar
vão-se desmoronando, pouco a pouco
se nem comida consegue arranjar!
meu Deus!
que mundo louco
E os dias vão passando
e eu cismando
que poderei fazer?
esta voz que ninguém ouve
mesmo gritando!
apenas estes versos posso escrever
Sei que os versos que escrevo
só eu leio!
de alma entristecida, amargurada
no mundo só vejo desprezo
e neste mundo louco
eu não sou nada...