O cão ladra mais a caravana passa - Lizaldo Vieira
O sistema bruto
É voraz
Cruel
Devastador
Inconseqüente
Só atropela
De sentinela
O cão continua ladrando
De forma aguçada
A vaca mugindo
A galinha carrcarejando
O carcará espreitando
O mal bocado
Contudo
Os deuses do Olímpio
Estáticos
Apáticos se encontram
Enquanto a caravana eco - Cida
Vai passando
Navegando de vento em popa
Por águas calmas
Levando a cabo insustentáveis idéias
Projetos antagônicos
Á evolução dos tempos
Mesmo assim
Fincando as garras
Em ritmo acelerado
Fazendo estrago
Nas águas
No céu de brigadeiro
Na casa de noca
Devastando a tudo por onde passa
Bufando fogo
Lama
Esgoto
Fumaça tóxica
Efeito estufa
Buraco na camada
Sistemas polares em desmantelo
Em desgelo
Biosfera DOENTE
Terra febril
Sangues sugam
Premiados
Redesenhando aquarelas do mal
Semeando vendaval
TSUNAME
Varrendo gaia do mapa sideral
Sem que o ambientaismo se dê de conta
Porque anda chutando no escuro
Dando murro em ponta de faca
Por mais estridente o grito
O alarido não faz ouvido
Cad eco
Na oca global
Nessa luta inglória
Gerações presentes
Descendentes
Mesmo com a língua nos dentes
Levando á frente
Providencial luta
Pelo visto
Tá difícil
Perpetuar a vida
Ignorando os tremores
De Nagoya
Se ainda nem sabemos
Quando os segredos de Deus
Serão revelados
Pelas tais descobertas cientificas
Depois diga que dormiremos
O sono dos justos
Com o universo em desgoverno
Por tanto saco de maldade
Tenho medo
Tenho medo
Tudo que queria mesmo
Era catar mangaba
De caída
Na resec do litoral sul de Sergipe
Embalado no samba de coco
Com as mangabeiras sergipanas
Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...
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