Você me pediu que escrevesse um texto porque sentia saudades...
Poderia falar de qualquer coisa: Amor, saudade, desejo, prazer...
‘Ah querido amigo! Há quanto tempo não escrevo!
De repente, bateu uma saudade de mim...
Saí de casa para observar o tempo,
E dezembro parece que veio carregado de incerteza,
Não sabe se chora, não sabe se ri.
Escrever sobre essas quaisquer “coisas” exige alma.
E a minha está presa em algum lugar... Talvez no vazio...
Vou tentar, então, mecanicamente o que me vem
Desse meu lado racional, meio besta, meio louco...
Amor ... Será que alguém nunca sentiu algo tão belo?
Tão poderoso e cruel, e ao mesmo tempo tão simples e tão doce?
Basta um olhar de quem se ama para sentir o corpo tremer,
A perna dobrar e a pele queimar – num arrebatamento de paixão...
E você pensa que o sonho impossível um dia pode ser real,
Que há esperança... Mas por fim descobre que o impossível,
Não passa de um sonho...
Aí então, meu amigo, o amor se torna o pior dos carrascos,
Impõe-te torturas infindas, que nenhum ser é capaz de suplantar
E torna-se escravo...
O cheiro, o som da voz, o toque fugidio de pele do ser amado
São momentos de êxtase, de prazer para quem ama.
E quando esses sentimentos são recíprocos?
Ah! Não existe o sonho, porque o real dorme tranqüilo...
E tudo aquilo que se quis... Que se desejou...
Faz-se cumprir de maneira plena.
Os sentimentos fluidos são a verdadeira
Expressão do prazer...
- Será que é deste amor que você sentia
Saudades em meus versos amigo? –
Este amor que é o reflexo dos amantes,
Faz mudo o mais simples dos mortais,
E arranca dos poetas centenas e milhares de palavras,
Porque na verdade descrevê-lo torna-se infinito.
E qualquer palavra, por mais esplêndida e majestosa que seja,
Não consegue alcançar e traduzir com correção
O amor e seus discípulos:
Saudade... Desejo... Prazer...’
Um grande beijo
Meu querido Gabriel Peers
By Snapelouz