Poemas : 

Ou Outra Puta do Cais de Carvão

 
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até tu, que não leste Marcial e Bocaccio
mas estranhamente dizes saber tudo do Ventre
DELAS
(Isto é: quando puxas do cigarro e equacionas o teu
recente Mal-Estar)
poderás vislumbrar esta conclusão-fecho-da-abóbada
o topo da pirâmide boreal de conhecimentos-Fêmea
a gablete gótica esculpida em nervuras no vestido de Marta
(Ou Sara, ou Dora ou Berta – nom de la rose -
Ou outra Puta do Cais de Carvão, alinhada por Joyce
- Quando Era Jovem - Oh, yes, Dublin)
De que:
o amor-Auschwitz, a paixão-Buna (as vossas casas aquecidas)
o flirt-Ponte-Aérea, o mero aperto do Coiso
(Repitamos: o mero aperto do Coiso)
é não mais do que a rutilante tatuagem daquele
que deixou de lembrar, de querer (1944), e como machine-à-ecrire
antecipou todo o Século
no braço (como Ele se ergue – Encarnado o Verbo Quente
Na Rata de V.- Ergo Cloaca Mundis Agharta)
Gravando: ne pas chercher à comprendre.


 
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joão_sete_dentes
 
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Enviado por Tópico
Semblante
Publicado: 14/12/2011 15:27  Atualizado: 14/12/2011 15:27
Muito Participativo
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 Re: Ou Outra Puta do Cais de Carvão
Puro delírio poético de pedigree. Tornam baforadas do tabaco mais doces.

Agradeço a escrita.