Aí está mais um natal,
A época é de frio… em alguns lugares a neve dá um nardo especial á quadra…
O burburinho corrobora a ocasião,
Filas para as compras… para os presentes… correria para bacalhau… o marisco, os doces
Caixas ATM sem dinheiro
Desfralda-se o amor …
O bom natal… as boas festas, retinem no ar
Posteriormente, este hálito de amor passa, as quezílias retornam, as aversões soltam-se, volta as antipatias… as guerras entrincheiram-se e é um safe-se quem puder, cada um por si nesta guerra de interesses.
O resto do ano esgrima-se conveniências, lucros, ganhos … seguidamente vem Dezembro mês do armistício… a hipocrisia regressa e o amor espalha-se…
O Pai-natal, gordo, empanturrado de bacalhau, de marisco... doces… avança a entregar os presentes aos meninos ricos… presentes caros, esquecendo-se das crianças pobres que passam frio, que passam fome, dos desfavorecidos e dos que nada têm…
Com tantos milhões, mas tantos milhões que se gastam, podíamos melhorar a vida de tantas…mas tantas crianças.
Não solicitam computadores… não imploram consolas… não rogam telemóveis ou bicicletas… bradam, com o silêncio do seu sofrimento, apenas um casaquinho… um cobertor… meias, sapatinhos para os pezinhos… e uma sopinha quentinha para aquecer a alma.
E o superior e preferível presente que lhes poderíamos dar… é o Amor
Temos de fazer com que o natal seja possivel todos os dias...
Por isso, vamos todos juntos... não digo este natal, mas todos os dias... combater… travar a verdadeira batalha… pugnar mesmo, a insensibilidade dos nossos corações.
Luis Paulo