As andorinhas flutuam no espaço
E meus sonhos atravessam a imensidão,
Como o beija-flor que oscula as flores da estação,
Devaneio embriagar-me com o perfume do teu regaço.
Folhas murchas que ficam solitárias no chão
São levadas à revelia pelo vento que sopra distante,
Com a chuva fina que cai debruço-me sobre teu corpo arfante
Numa procura desvairada em busca da chave do teu coração.
Pássaros falantes buscam agasalhar-se do frio
E no calor do teu corpo percebo que sensuais arrepios
Levam-se a prolatar em delírios palavras de amor...
Espesso nevoeiro se esconde atrás das montanhas,
Dentro de mim genuíno sentimento consome-me as entranhas
Provocando labaredas que tostam os ingredientes da dor!