Não, não quero desafiar o abismo,
os ferros entrelaçados
do aço esculpido nas veias perdidas…
Ambiciono
o apaziguamento da alma
no pó do espirito ansioso,
o corpo uma vertigem
sem nexo
no escuro do dia sombrio
enroupado de noite…
Dança o olhar
por entre cristais lunares
as vozes assobiam ao longe
o sono da paz
que a alma não consegue embalar…
Os braços sonham ser asas
para voarem no infinito
onde se esconde o arco-íris
nas horas alternadas
entre o sol e a chuva
que nutrem as utopias loucas
de uma mulher
que não quer ser nada
além do sonho
na maré das duras realidades!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...