Poemas -> Reflexão : 

Vacuidades

 
Era o vácuo em toda a sua essência,
inanidade das glórias fumigadas,
decretações incorrectas,
relativizações demarcadas,
ausência das elevações,
inexistência das desilusões.

Revolução de uma revolta que se dissipa,
enredos usurpadores de uma dignidade,
aquiescência revolucionária,
insurreição da inutilidade,
deambulação pelas vacuidades,
estarrecimentos pelas saudades.

Fraca harmonia que não subsiste,
desiste,
beatitude de um malefício que persiste,
insiste,
despoticamente se revestem as insensibilidades,
envolvência análoga das calamidades.

Niilismo das vontades, liberdades,
totalidade das apatias,
ruminações paradoxais de verdadeiras inverdades,
deliberações lancinantes de antinomias,
azedumes circunspectos sonâmbulos,
aprazibilidades liquidadas nos preâmbulos.
 
Autor
Bruno Miguel Resende
 
Texto
Data
Leituras
745
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.