Na praça do Imperador,
Há tanta vida e estrutura,
Há tanta história e escultura,
Cúpulas e arranha-céus.
Na praça do Imperador,
Há monumentos e lápides,
O palácio e antigas torres
Encimadas pela Virgem.
A praça do Imperador,
Ela a própria é um monumento,
Inscrita imagem, momento
De marchas e pavilhões.
Na praça do Imperador,
Há o antigo ancoradouro
Das naus outrora aportadas –
O Pharoux e o chafariz.
A praça do Imperador:
Terreiro da Polé, Largo
Do Carmo, Paço real,
Praça XV de Novembro.
Em tantos nomes e histórias,
Marco zero da cidade,
Nosso berço e nascedouro,
Venho manso desaguar-me.
Na praça do Imperador
De tantos rios e Rios
A desaguarem erráticos,
Posso sereno espraiar-me
Após tanto caminhar,
Após tanto navegar
Com braços, pernas e pés,
E o coração afogado.