Quando souber que sou qualquer um
Me direi suavemente :
"Te conheço irmão,
entra em minha casa e senta-te à mesa."
Para então
Talvez dormires de espaldas
Debaixo das raizes e do vento.
E, sem embaraço,
Hei de escrever-te uma carta
Dêsde o coração, de filho.
Agora !
Observo minha própria fuga interminável
E escrevo meu nome,
Sem pressa
Como se fôsse conhecido
De alguém a quem nunca conheci
E que, apesar de tudo, recordo todavia.
Rui Garcia