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Poema para Recordar meu Nome

 
Quando souber que sou qualquer um
Me direi suavemente :
"Te conheço irmão,
entra em minha casa e senta-te à mesa."

Para então
Talvez dormires de espaldas
Debaixo das raizes e do vento.
E, sem embaraço,
Hei de escrever-te uma carta
Dêsde o coração, de filho.

Agora !
Observo minha própria fuga interminável
E escrevo meu nome,
Sem pressa
Como se fôsse conhecido
De alguém a quem nunca conheci
E que, apesar de tudo, recordo todavia.


Rui Garcia

 
Autor
Rui Santos Garcia
 
Texto
Data
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1781
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