Raso meus olhos na água; dou-me à vida
e a todo o seu imenso esplendor;
meus versos são a força viva, com que me
doo, sem quaisquer desfalecimentos.
Neste caminho, que me percorro e narro,
sou o espelho, feito reciprocidade,
de tudo o que me rodeia em simplicidade,
na grandeza, das coisas pequenas.
Só o despir-me, da roupa humana, que me
veste, faz com que tudo se
transcenda e imortalize, nas minhas mãos,
plenas de candura e de espanto.
Jorge Humberto
08/12/01